O que é câncer do reto?
O reto é a última porção do intestino grosso antes do ânus. Sua função é armazenar as fezes e absorver o restante da água presente nelas, funcionando como uma espécie de reservatório.
Entre os distúrbios que podem comprometer o seu funcionamento está o câncer de reto, considerado uma doença complexa, mas que pode ser prevenida, tratada e, principalmente, curada.
O câncer do reto é mais comum em pacientes acima dos 50/60 anos e mais frequente em homens do que mulheres.
Leia abaixo mais sobre esse distúrbio, incluindo suas causas, forma de diagnóstico e como pode ser tratado!
O que é câncer do reto?
Trata-se de um tumor muito semelhante ao que afeta o intestino grosso, que é o adenocarcinoma. Eles são provenientes de pólipos, que são pequenas elevações do revestimento interno (mucosa) do trato digestivo.
Os pólipos são adenomas - lesões benignas - que, ao longo do tempo, sofrem algumas mutações até que se desenvolvem, em sua porção mais cranial o carcinoma, que é o câncer propriamente dito. Ou seja, devido a um erro de multiplicação celular, forma-se uma pequena elevação na mucosa que, com o passar do tempo, vai crescendo e se tornando cada vez mais diferente da célula que originou.
Quais as causas do câncer de reto?
As causas da doença ainda não são claras, porém, existem alguns fatores de risco relacionados a ela. Os principais são:
- Constipação intestinal, pois as fezes ficam em contato com as paredes do cólon e do reto por mais tempo;
- Histórico familiar, presente em cerca de 30% dos casos;
- Doenças inflamatórias, especialmente doença de Crohn e retocolite ulcerativa, que levam a inflamação crônica da parede colorretal;
- Síndromes hereditárias, responsável por 5% dos casos de câncer do reto.
O seu surgimento também pode estar relacionado ao tabagismo, sedentarismo e obesidade.
Como é feito o diagnóstico?
Muitas pessoas procuram ajuda médica quando apresentam um dos sintomas do câncer do reto:
- Sangramento nas fezes;
- Dificuldade para evacuar;
- Alteração do formato das fezes – ficando mais afiladas e finas;
- Sensação de tenesmo, que é uma vontade constante de evacuar, que não melhora mesmo após uma evacuação aparentemente satisfatória.
A grande questão em relação aos sintomas é que, muitas vezes, eles são tardios ou inespecíficos. Ou seja, eles surgem quando o tumor já se encontra em estágio avançado.
É por isso que toda pessoa acima dos 45 anos deve fazer o exame de colonoscopia, para prevenção do câncer colorretal. Inclusive, através dele, é possível encontrar o pólipo enquanto é benigno e já removê-lo antes de se tornar câncer.
Nos pacientes que apresentam antecedente pessoal ou familiar, pode ser necessário iniciar mais precocemente os exames preventivos.
A frequência de realização depende dos antecedentes, da idade e principalmente do resultado do exame anterior. Quem não apresenta nenhuma anormalidade, por exemplo, pode repetir após 7 a 10 anos.
De qualquer forma, caso o paciente apresente um dos sintomas, o diagnóstico também é realizado através da colonoscopia.
Além de visualizar o tumor, ele permite retirar uma pequena amostra para encaminhar pra biópsia, onde será analisado por um patologista para, de fato, confirmar se trata-se de um câncer, de que tipo, e dar alguns detalhes para o médico.
Com o diagnóstico feito, inicia-se o estadiamento. Essa etapa consiste nos demais exames que são feitos para avaliar outras características da lesão como o tamanho, o acometimento de órgãos adjacentes e a presença de metástases em outros órgãos. Nos tumores de reto, utilizamos normalmente tomografias de tórax e abdome, além de ressonância magnética da pelve.
Apenas com todos esses resultados em mãos é possível planejar o melhor tratamento para o paciente.
Qual o melhor tratamento para câncer do reto?
Geralmente, o tratamento é realizado aliando radioterapia e quimioterapia, seguida de cirurgia para a retirada do tumor.
Nos tumores mais iniciais, a radioterapia pode não ser necessária.
É importante destacar que a doença tem cura. Porém, quanto antes for realizado o diagnóstico e o tratamento adequado, maior a probabilidade de recuperação. Inclusive, é possível obter cura nos casos metastáticos, ou seja, quando a doença já cometeu outros órgãos, especialmente fígado e pulmão.
Previna-se e evite o câncer do reto!
A prevenção é sempre a melhor opção quando se trata de um câncer. Logo, é importante fazer a colonoscopia ao completar 45 anos.
Além disso, é essencial buscar ajuda médica ao notar qualquer alteração. Desta forma, é possível diagnosticar a doença em seu estágio inicial e, assim, elevar as chances de cura.
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