Foi diagnosticado com diverticulite ou conhece alguém acometido pela condição e está em dúvidas se a cirurgia é necessária? Antes de se preocupar e se sentir ansioso, é importante entender exatamente quando e em quais casos o procedimento deve ser realizado.
Então se esse é o seu caso, fique tranquilo. Ter a doença não implica em precisar de uma operação cirúrgica. E ainda que esse seja o caso, a cirurgia foi modernizada ao longo dos anos e atualmente é realizada por técnicas minimamente invasivas.
Quer entender mais? Então prossiga com a leitura. Vamos explicar exatamente em quais situações a intervenção médica costuma ser indicada.
Você já deve saber, mas vale reforçar. A doença diverticular – ou diverticulose - é caracterizada pela presença de pequenas áreas de fraqueza que se assemelham a “bolhas” e aparecem na parede do cólon ou no intestino grosso.
A condição costuma ser assintomática e, na maioria das vezes, estabelecer uma rotina saudável com dieta adequada é o suficiente para lidar com ela.
Entretanto, a presença da doença diverticular pode apresentar uma complicação que chamamos diverticulite. Nesse caso, ocorre uma inflamação ao redor do divertículo causada por uma pequena perfuração em sua parede secundária a obstrução da "bolha"por um fecalito (uma pequena bolinha de fezes)
Trata-se de uma situação de urgência, que necessita avaliação médica especializada para definir a conduta e evitar complicações Os principais sintomas desta enfermidade são:
Na maioria dos casos, o tratamento clínico costuma ser suficiente para resolver a crise de diverticulite aguda. Nessa abordagem, o médico recomenda que o paciente proceda com uma nutrição saudável associada à administração de antibióticos na maioria dos casos.
Pode haver necessidade de internação e até procedimentos de drenagem em casos de abscessos.
A cirurgia em caráter de urgência, na presença de diverticulite aguda é cada dia menos frequente e é indicada apenas em casos mais graves, quando o antibiótico não produz o efeito esperado ou no caso de haver abscessos muito grandes, sem possibilidade de tratamento menos invasivo Porém a cirurgia pode ser necessária em caráter eletivo, ou seja, fora das situações de urgência. Essa também não é uma indicação muito frequente mas pode ser necessária nos casos:
A cirurgia de diverticulite removerá a parte do intestino afetada pela condição. A operação pode ser feita por meio de videolaparoscopia ou cirurgia robótica (técnicas cirúrgicas minimamente invasivas realizadas por auxílio de uma endocâmera no abdômen) ou por métodos convencionais - cirurgia aberta.
O preparo para a cirurgia envolve jejum de pelo menos 8h e normalmente uma limpeza intestinal através do uso de laxantes nos dias anteriores ao procedimento.
O tempo de internação pós-cirúrgica dura de 4 a 7 dias e a primeira evacuação costuma acontecer dentro de 3 a 5 dias. Pode haver dores ou desconfortos, mas eles são esperados e podem ser administrados com o uso de medicamentos específicos.
Logo após o procedimento, o paciente já pode se levantar e deve procurar caminhar curtas distâncias para evitar o surgimento de trombose. A dieta é iniciada no mesmo dia da cirurgia, com alimentos líquidos e a consistência e a quantidade vão aumentando conforme a aceitação. O tempo de repouso varia conforme a técnica cirúrgica utilizada. No caso da laparoscopia (técnica minimamente invasiva, na qual pequenas incisões são feitas na região abdominal para introdução do laparoscópio), 21 dias costuma ser o período necessário para a retomada da rotina. É preciso evitar carregar peso e praticar exercícios físicos intensos nesse período.
Está sentindo um ou mais dos sintomas que mencionamos? Então é importante investigar a causa. Para tanto, agende uma consulta.
Caso você esteja com diverticulite é importante proceder com o tratamento o quanto antes a fim de evitar complicações.
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